E-book do "Terra, barquinho azul".

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

EXCLUSIVO: Programa que transforma água salgada em água doce será lançado terça-feira, 30, na Bahia


Por Danielle Jordan / Ambientebrasil

Será lançado amanhã, 30, a primeira Unidade Demonstrativa do Programa Água Doce, PAD, na comunidade de Minuim, no município de Santa Brígida, na Bahia.

O sistema de produção integrado permite a obtenção de água para consumo humano, além da utilização do concentrado para a produção de peixes e irrigação de plantas. Esse concentrado consiste na sobra, após a dessalinização.

“O programa estabelece uma política de acesso à água de boa qualidade, que suprirá aos moradores água potável, geração de renda e melhoria na qualidade alimentar”, explicou a bióloga da Coordenação de Planejamento de Recursos Hídricos do Ingá, Maria do Carmo Nunes.
O sistema poderá ser conhecido por interessados, por meio de visitações, exposições, aulas e demonstrações, segundo a bióloga.

O processo acontece inicialmente com a retirada da água do aquífero, por meio de um poço profundo, envio para um dessalinizador e armazenamento em um reservatório para distribuição. Depois, o material que não é aproveitado é utilizado no cultivo da tilápia e o concentrado, resultante do procedimento também é aproveitado para a irrigação da erva-sal, que é utilizada como feno para alimentação de ovelhas e cabras.

“Para que uma localidade possa receber um sistema semelhante, deve ter um poço com vazão mínima de 3 mil litros de água por hora, solo compatível com o sistema de irrigação de erva sal, área pública para implantação do sistema, exploração pecuária e experiência cooperativa da comunidade”, afirmou a pesquisadora.

Os beneficiados pelo programa recebem água potável e ainda podem comercializar os produtos gerados pelo aproveitamento dos rejeitos da dessalinização. O dinheiro da venda é utilizado para manter o próprio sistema.

O Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, é um dos critérios de escolha das comunidades beneficiadas, assim como as indicações pluviométricas e dificuldade no acesso às fontes de abastecimento de água.

*Com informações do Ingá.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dez primeiros meses de 2010 são os mais quentes da história, diz NOAA


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O ano de 2010 já está empatado como o mais quente registrado numa série histórica iniciada em 1850, disseram à Reuters três importantes institutos que calculam as temperaturas médias globais. Faltando ainda dois meses de dados para serem coletados, 2010 já está cerca de 0,8 grau Celsius acima da temperatura média pré-industrial, e 0,5 ºC acima da média registrada entre 1961 e 1990.
Mesmo que novembro e dezembro sejam mais frios, 2010 ainda ficará como o terceiro ano mais quente da história, atrás de 1998 e 2005.
“Está muito apertado para dizer (se será ou não o ano mais quente). Com base nestes números, ficará em segundo, mas depende do calor que fizer em novembro e dezembro”, disse Phil Jones, diretor da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha. Segundo ele, 1998 é o ano mais quente já registrado.
Já a Nasa considera que o ano mais quente foi 2005 e que as temperaturas na superfície terrestre até outubro estavam acima da média daquele ano por uma questão de centésimos de grau Celsius.

“Eu não ficaria surpreso se a maioria ou todos os grupos concluírem que 2010 empatou como o ano mais quente”, disse James Hansen, da Nasa.

O Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA, ligado à agência norte-americana para monitoramento das condições atmosféricas e oceânicas (NOAA, na sigla em inglês) afirmou que os dez primeiros meses de 2010 se equiparam a 1998 como o ano mais quente da história.

Os três institutos usam observações similares, mas de forma ligeiramente diferente. A Nasa, por exemplo, leva mais em conta as estações meteorológicas do Ártico, onde o aquecimento tem sido mais rápido.

Cientistas dizem que a tendência global de aquecimento irá gerar mais secas, inundações, ondas de calor e degelo dos polos.

Céticos argumentam, porém, que o fato de os recordes terem sido registrados em 1998 ou 2005 é um sinal de que a tendência é de estabilidade.

A maioria dos cientistas discorda disso, dizendo que, mesmo que 2010 não seja o ano mais quente, a tendência no longo prazo é de aquecimento – a média de 2000 a 2009 é a mais alta já registrada.

Eles dizem que variações naturais, especialmente o fenômeno El Niño, explicam os recordes anteriores. O ano de 1998 teve um fenômeno El Niño – aquecimento natural nas águas do Pacífico – particularmente intenso.
O resultado dá ainda mais urgência para a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU), que começa na semana que vem em Cancún. Governos de todo o mundo discutirão medidas que contribuam com a meta, adotada em 2009, de limitar o aquecimento global a 2 ºC acima dos níveis pré-industriais. (Fonte: G1)

sábado, 20 de novembro de 2010

Pequim enfrenta nuvem de poluição


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Uma grossa cortina de fumaça encobriu o centro de Pequim nesta sexta-feira (19), reduzindo a visibilidade para poucas centenas de metros.

Os arranha-céus da capital chinesa praticamente desapareceram, e escolas suspenderam aulas de educação física para evitar problemas respiratórios.

O problema levou especialistas a recomendar que crianças e idosos não saíssem de casa.

Autoridades afirmaram que a má qualidade do ar de Pequim neste outono está ainda pior por causa da queima de carvão mais intensa em vilarejos e fábricas.

Além disso, calcula-se que mais de 1,2 mil novos carros estejam chegando às ruas da capital diariamente.

A intensa poluição de Pequim levou a embaixada americana na capital a descrever a qualidade do ar como ‘louca de tão ruim’, mas depois corrigiu o texto, afirmando estar procurando a linguagem correta para descrever condições acima do limite superior para classificação do índice de poluição atmosférica. (Fonte: G1)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Médicos testam células-tronco para tratar derrame


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Médicos escoceses injetaram células-tronco no cérebro de um paciente como parte do primeiro teste clínico para testar a segurança desse tratamento em pessoas que sofreram derrame.

O pesquisador Keith Muir, do Instituto de Neurociência e Psicologia da Universidade de Glasgow, disse que a cirurgia, feita em um homem de 60 anos, foi bem-sucedida. O paciente já deixou o hospital.

De acordo com a universidade, ele será acompanhado por dois anos, assim como as outras 12 pessoas que ainda vão participar do teste.

O procedimento envolve a injeção de células-tronco no cérebro de pacientes para reparar áreas lesadas por um derrame isquêmico – causado pelo bloqueio do fluxo de sangue no cérebro.

Assim, espera-se melhorar funções mentais e físicas.

As células usadas nesse teste são de fetos humanos, o que suscitou críticas à pesquisa. (Fonte: Folha.com)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Crescimento chinês exigiria mais que um planeta Terra para se manter, diz WWF


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Um mundo que utilizasse recursos e gerasse resíduos aos níveis da China necessitaria de um planeta 1,2 vez maior do que a Terra para se manter, segundo um relatório sobre o “rastro do carbono” do país apresentado nesta segunda-feira (15) pela ONG WWF (Fundo Mundial para a Natureza, na sigla em inglês).



Segundo o relatório, apresentado pelo diretor-geral da WWF, James Leape, é “crucial” que a China enfrente problemas como as emissões de dióxido de carbono e o acelerado desenvolvimento urbano “para melhorar seu bem-estar sem que isto custe ao planeta”.



O relatório assinala que setores como a construção e o transporte, associados ao avanço do nível de vida no país, contribuíram em grande medida para que as emissões de CO2 no país atingissem o patamar de 54% do impacto ecológico nacional.



Em consequência, a China necessitaria do dobro de seu solo produtivo para satisfazer a demanda de recursos naturais e absorver suas emissões.



A renda per capita chinesa se multiplicou por 50 nas últimas três décadas, algo que foi acompanhado pela rápida industrialização, desenvolvimento urbano e intensificação da agricultura que “aumentaram a pressão sobre a natureza”, segundo o relatório da WWF.



Participação chinesa - O documento também contou com a colaboração do Conselho Chinês para a Cooperação Internacional em Meio Ambiente e Desenvolvimento, cujo secretário-geral, Zhu Guangyao, ressaltou em sua apresentação que “os próximos 20 anos serão vitais para que China alcance um desenvolvimento sustentável”.



A China é o maior emissor mundial de dióxido de carbono, embora defenda nas negociações para a luta contra a mudança climática que são as nações desenvolvidas, por sua responsabilidade histórica no aquecimento global, que devem ser obrigadas a reduzir as emissões em até 40% por meio de um pacto internacional.



No entanto, o governo comunista prometeu diminuir sua intensidade de carbono (emissões totais divididas pelo PIB) entre 40% e 45% em 2020 com relação aos níveis de 2005, algo que é interpretado pela comunidade internacional como um passo importante, embora talvez não suficiente para tornar o desenvolvimento chinês sustentável. (Fonte: Folha.com)

domingo, 14 de novembro de 2010

ONU adverte que toda população do Haiti corre risco de contrair cólera

Estima-se que 200 mil pessoas vão adoecer nos próximos seis meses.

Doença já causou a morte de 800 pessoas; 12 mil estão hospitalizadas.

Do G1, com informações do Jornal Nacional

A Organização das Nações Unidas advertiu que a população inteira está sob risco de contágio. A ONU pediu à comunidade internacional uma ajuda de US$ 164 milhões. As equipes de saúde calculam que, nos próximos seis meses, 200 mil pessoas vão adoecer. O cólera já causou a morte de 800 pessoas e 12 mil estão hospitalizadas.
Veja o site do Jornal Nacional
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/11/onu-adverte-que-toda-populacao-do-haiti-corre-risco-de-contrair-colera.html

Os haitianos não conhecem o cólera. Os panfletos distribuídos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e governo haitiano trazem desenhos feitos por artistas locais e textos em creolle, língua nativa no Haiti. São distribuídos em escolas, nas ruas e locais de acesso público.

Militares brasileiros chegaram a promover o “Cólera Day”. Foram a uma escola e deram palestras para alunos do primário e do ensino secundário. Falaram sobre medidas de prevenção – lavar as mãos, ferver a água, não comer alimentos crus – e ensinaram a fazer soro caseiro.

O cólera pode matar em poucas horas, por causa da desidratação que causa. Transmitida por água e pela comida, a doença pode ser aliviada com o consumo de água tratada com um pouco de sal e açúcar.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas, braço da OMS para as Américas) alertou as autoridades dominicanas para que adotem medidas de prevenção frente à possibilidade de que o surto de cólera detectado no Haiti se espalhe para o território vizinho.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Estudo alerta para alta da obesidade em países em desenvolvimento


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Países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, devem adotar o mais rápido possível medidas para impedir o aumento da obesidade entre a população, antes que atinjam os níveis registrados em países ricos.



O alerta foi feito por um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado na revista britânica especializada “The Lancet”.



Segundo a pesquisa, metade dos brasileiros está acima do peso; a obesidade triplicou entre os homens e quase dobrou entre as mulheres, no período que vai de 1975 a 2003.



O estudo analisou a situação em seis países em desenvolvimento (Brasil, África do Sul, China, Índia, México e Rússia) e apontou má alimentação e falta de exercícios físicos como os principais fatores que levaram esses países a registrar um forte aumento no número de obesos.



Segundo a organização, regras mais duras para a publicidade de alimentos, campanhas massivas para promover atividades físicas e maior taxação do álcool e do tabaco são algumas das medidas que ajudariam a reduzir o problema – e a prevenir o aparecimento de doenças crônicas ligadas à obesidade.



O estudo garante que, para colocar essas medidas em prática, o Brasil gastaria US$ 2,89 per capita a cada ano.



O investimento em prevenção seria pago pela queda nas despesas com tratamentos de doenças ligadas à obesidade, como o diabetes, o câncer e problemas cardiovasculares. Segundo os autores, essas medidas poderiam ser rentáveis dentro de 15 anos.



Entre os países analisados, o México tem a pior situação. Sete em cada dez mexicanos estão acima do peso ou obesos.



China e Índia, apesar de terem, respectivamente, cerca de 15% e 30% de sua população acima do peso ideal, registram uma forte progressão no número de obesos.



O estudo da OCDE também alerta para o perigo da obesidade entre as crianças.



A organização afirma que a adoção de uma estratégia global que regule a publicidade de alimentos voltada para as crianças é mais eficaz que campanhas com um público alvo menor, como as realizadas nas escolas. (Fonte: G1)



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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Salvar o planeta do aquecimento global é desafio de novo videogame


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Dirigir um carro de Fórmula 1 ou tocar em uma banda é algo comum para os fãs de videogames. Agora, eles poderão superar um desafio bastante diferente: salvar a Terra dos efeitos do aquecimento global, em um jogo que usa como base dados científicos.



“O jogador pode comandar o planeta durante 200 anos, e pode salvá-lo ou destruí-lo em função das políticas ecológicas, econômicas e sociais aplicadas”, resume o criador do jogo, o britânico Gobion Rowlands.



O jogador é nomeado diretor da Organização Internacional Ecológica (OIE), e tem nas mãos “O destino do mundo” (nome do jogo).



O administrador do planeta poderá, por exemplo, proibir o desmatamento da floresta amazônica, impor a eletricidade nos transportes públicos na Europa ou generalizar a política do filho único por família em toda a Ásia.



No entanto, terá que levar em conta todos os parâmetros: se decidir reduzir a natalidade para proteger os recursos naturais, a mão de obra pode escassear, a idade mínima para a aposentadoria pode ser aumentada para 80 anos e a população pode se rebelar contra a organização.



O jogador pode ver o impacto de suas decisões por etapas de cinco anos: o orangotango protegido sai da lista de espécies em extinção, a temperatura da Terra diminui em um grau ou parte da Europa fica inundada, enquanto a guerra causa estragos na África devido às colheitas fracas.



“As pessoas aprenderão sobre o assunto tanto destruindo o mundo como salvando-o”, estimou Gobion Rowlands, de 35 anos, que preside a sociedade de videogames Red Redemption.



“O Destino do mundo” foi concebido a partir de projeções científicas, econômicas e demográficas da Nasa, das Nações Unidas e até da Universidade de Oxford.



“O jogo nos permite experimentar o tipo de decisões que poderemos enfrentar em breve, e ver que as respostas não são fáceis”, afirmou Myles Allen, especialista em aquecimento global da Universidade de Oxford.



Apesar dos gráficos pouco sofisticados, o jogo pedagógico, que se diferencia dos videogames tradicionais, frequentemente muito violentos, foi bem recebido por organizações de defesa do meio ambiente, que se associaram ao projeto.



Uma versão Beta do jogo já está disponível na Internet, e a definitiva será lançada em inglês no começo de fevereiro. (Fonte: G1)



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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Egito transforma deserto em florestas utilizando água reaproveitada


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O governo egípcio desafia a natureza ao regar áreas desérticas com água reaproveitada para convertê-las em florestas, cujas superfícies já equivalem ao território do Panamá.



A diferença verificada após a intervenção humana é significativa. Onde antes havia uma paisagem desértica e inóspita, agora há áreas verdes cobertas de árvores de alto valor econômico como álamos, papiros e eucaliptos.



Tudo isso foi possível graças à água que utilizam, poluem e desperdiçam todos os dias os 80 milhões de egípcios. Ironicamente, esta é a melhor opção para as chamadas “florestas feitas à mão”.



“A água residual pode transformar o que não é fértil, como o deserto, em algo fértil, já que contém nitrogênio, micronutrientes e substâncias orgânicas ricas para a terra”, disse à agência de notícias Efe o professor do Instituto de Pesquisa de Solo, Água e Ambiente Nabil Kandil, especializado na análise de terrenos desérticos adequados para o florestamento.



A opinião é compartilhada pelo professor do Departamento de Pesquisa de Contaminação da Água, Hamdy el Awady, que até ressalta a superioridade das plantas regadas com água reaproveitada.



“Esse tipo de água tem muito mais nutrientes do que a água tratada e, por isso, é uma fonte extra de nutrição que pode fazer com que as plantas resistentes aos climas hostis cresçam mais rápido e, inclusive, tenham folhas mais verdes”, explica El Awady.



Deserto é maioria - Os dois professores sabem bem da importância de equilibrar a oferta e a demanda em um país que produz 7 milhões de metros cúbicos de água residual ao ano e que, ao mesmo tempo, tem 95% de seu território coberto por desertos estéreis ou com pouca vegetação.



Ao todo, há 34 florestas ao longo do país, localizadas em cidades como Ismailia e Sinai, no norte, e em regiões turísticas do sul, como Luxor e Assuã, num total de 71,4 mil quilômetros quadrados que equivalem à superfície total do Panamá.



De acordo com o governo egípcio, há outras dez florestas em processo de “construção”, em uma área de 18,6 mil quilômetros quadrados.



Os mais de 71 mil quilômetros quadrados de floresta plantados até agora são resultado das análises de solo, clima e água que possibilitaram a escolha das espécies de árvores capazes de sobreviver em condições extremas.



“A boa notícia é que as plantas são seletivas. São elas que selecionam a quantidade de água e os nutrientes necessários para sobreviver”, explica El Awady.



A maioria das espécies cultivadas até agora é de árvores como álamos, papiros, casuarinas e eucaliptos, semeadas para responder à demanda de madeira do país, além de plantas para produzir biocombustíveis como a jatrofa e a jojoba, e para fabricar óleo, como a colza, a soja e o girassol.



Para Kandil, estes resultados são a prova de que o problema não é a terra, pois no Egito há de sobra, mas de onde extrair a água. Obtê-la das estações de tratamento primário – onde são eliminados os poluentes sólidos – foi a saída mais barata, especialmente porque os sistemas de irrigação que transportam e bombeiam o líquido são os mesmos utilizados há anos pelos camponeses egípcios.



Apesar desta água exigir precaução devido à presença de poluentes e aos impactos da mudança no ecossistema para a biodiversidade sejam desconhecidos, o projeto, implementado pelo Ministério de Agricultura em parceria com o de Ambiente, parece ter obtido sucesso.



De acordo com Kandil, as “florestas feitas à mão” não só combatem as secas, a desertificação e a erosão. “[Elas] aproveitam a água residual, maximizam o benefício para os agricultores e satisfazem as necessidades de madeira do Egito, gerando benefícios econômicos para o país”, acrescenta. (Fonte: Folha.com)



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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sudeste da Amazônia pode virar savana se estiagens persistirem, alerta pesquisa


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Uma sucessão de secas como a de 2010 seria capaz de transformar a porção sudeste da Amazônia em savana. A conclusão é de uma dupla de pesquisadores do Brasil e da Colômbia, que calculou pela primeira vez qual é a redução na quantidade de chuvas necessária para desestabilizar a floresta.



Como tudo o mais que envolve efeitos do aquecimento global sobre os ecossistemas, a conta não é simples e envolve várias interações. Mas Luis Fernando Salazar, da Universidade Industrial de Santander (na Colômbia), e Carlos Nobre, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), estimam que reduções de precipitação de 35% no sudeste da Amazônia e de 40% no nordeste bastariam para ampliar a estação seca (o “verão” amazônico) para quatro meses, transformando a vegetação em savana.



Num cenário futuro de aquecimento da Terra, no qual as temperaturas médias amazônicas subissem 4ºC, tal redução de chuvas é perfeitamente plausível. Basta lembrar que as secas prolongadas de 2005 e deste ano viram reduções tão grandes ou maiores do que essas. “É como se no futuro o que aconteceu neste ano de 2010 passe a ser o padrão”, disse Nobre à Folha.



Efeito CO2 – Em um estudo publicado no periódico científico “Geophysical Research Letters”, a dupla de pesquisadores usa um modelo computacional de clima e vegetação e analisa a resposta da floresta a diferentes níveis de temperatura e precipitação. Mas, claro, num mundo aquecido não são apenas temperatura e chuva que variam: um dado que estudos do tipo ainda não haviam computado, é o efeito do CO2 a mais sobre a floresta.



O gás carbônico, como qualquer criança sabe, é fundamental para a fotossíntese. Ao mesmo tempo em que ajudam a esquentar o planeta, as emissões humanas do gás fertilizam as plantas.



O problema, conta Nobre, é que ninguém sabe qual é o efeito de fertilização do gás sobre a floresta amazônica.”O ponto de não-retorno depende do efeito de fertilização”, diz o pesquisador. “E os dados não nos permitem dizer que seja zero.”



Ele e Salazar, então, montaram três cenários de resposta da floresta: um com zero fertilização, outro no qual o efeito é 100% (também improvável) e um intermediário, com fertilização de 25%.



No cenário intermediário, o aumento de temperatura de 4ºC e uma redução de 35% nas chuvas transformariam todo o sudeste amazônico numa savana empobrecida. O efeito é máximo no sudeste (sul do Pará, Tocantins e Mato Grosso) e mínimo no noroeste (Amazonas). “Lá chove quatro metros por ano, se cair para dois metros ainda dá para sustentar uma floresta”, diz Carlos Nobre.



“Mesmo que a temperatura suba 7ºC, o efeito do CO2 compensaria esse aumento”, afirma o cientista. (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)



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